Em meu último ano cursando a faculdade de comunicação na UFPA, exibi para os alunos do “seminário de temas contemporâneos” um vídeo que ajudou a definir muito da minha concepção atual de mídias sociais.
No vídeo, os habitantes de uma cidade descobrem - através de idéias inovadoras, auxílio mútuo e comprometimento - como se tornar uma estrutura diversificada e profissional a ponto de concorrer com as grandes empresas locais. As empresas, por sua vez, percebem que a nova concorrência, ao invés de prejudicá-las, aqueceu o mercado e gerou mais interesse no grande público, trazendo reconhecimento para a cidade como um todo.
A metáfora do sorvete utilizada no vídeo representa a diversidade de novas ferramentas de produção e distribuição de conteúdo na internet e o fácil acesso a elas. Mas este pensamento se estende a muito mais do que a criação de blogs e perfis no Twitter. No entanto, muitos profissionais tem esta visão limitada por pensar em Internet como fim. Quando li “Na cova dos leões”, lembro da resposta do publicitário Washington Olivetto quando questionado sobre suas excelentes criações. “Não faço publicidade inspirada em publicidade. Minha inspiração é na vida” Assim como a visão de Olivetto, para entender a Internet não é muito diferente. É preciso compreender que a lógica das mídias sociais tem como foco as pessoas. Não apenas o uso da tecnologia pela tecnologia, mas sim a tecnologia bem empregada para trazer soluções - de administração, comunicação, educação, otimização de tempo, entretenimento, etc. - para pessoas como eu e você.
Tweet: Empresas apostam cada vez mais em redes sociais para contratar, diz pesquisa
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Por que, por exemplo, as empresas apostam, cada vez mais, em redes sociais para contratar novos profissionais? Os mais ingênuos podem até achar que presença digital é um novo diferencial publicitário. Lembra da modinha do ecologicamente correto - ou qualquer outro termo que os departamentos de marketing criaram na época - promovido por muitas empresas, mesmo que suas ações não estivessem de acordo com o que diziam? Pouco a pouco as empresas que pensavam assim foram desmascaradas por ONGs ou mesmo por seus pares que levavam a preocupação sócio-ambiental a sério. Pois bem. Acredito que o mercado digital também já tenha ultrapassado - ou esteja em vias de ultrapassar - a fase do deslumbramento das mídias sociais como diferencial publicitário.
As empresas apostam em mídias sociais simplesmente porque é onde as pessoas estão presentes. No início do século - sob o pensamento do que denominamos de web 2.0 - Tim O’Reilly apontou a importância crescente do uso da Internet como platafaforma. E, a cada dia, descobrimos novas formas de compartilhar, novas formas de manter as pessoas próximas, novas formas de criar revoluções, chorar mágoas ou celebrar vitórias. Isto é o real espírito do que chamamos de mídias sociais.
Para mais discussões sobre o assunto, troque uma ideia aqui e com o @gustnogueira no Twitter.
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