terça-feira, 12 de agosto de 2008

3º Encontro de Redação Publicitária em Paraty

Como prometido, o OB traz um pequeno relatório do que aconteceu no Encontro em Paraty. Muita coisa legal e não só pra redatores. Nosso correspondente oficial de livre e espontânea pressão foi Alexandre Helmut, redator da DC3.

Ele tentou relatar em algumas palavras como foi o encontro pra ele. Tirando, é claro, o roteiro noturno, as cachaças, petiscos e conversas sem sentido de bar. Espero que gostem. E Helmut, muito obrigada.


Palestra 1

Pedro Cabral – Ceo da Agência Click e Presidente da Isobar Latina
Tema: Como tratar o conteúdo no novo ambiente 2.0 onde o consumidor transformou-se em protagonista.

Falou da trajetória da sua empresa, aliás, a melhor do segmento no Brasil e uma das maiores do globo. Apostou em internet antes mesmo da internet virar internet.

Recentemente foi comprada por um grupo inglês por 50 milhões de dólares. Pedro falou que apesar do percentual pequeno de investimento em internet, quando comparado à televisão e a outros países, é cada vez maior a penetração da mídia no Brasil, que pela primeira vez teve a venda de televisores suplantada pela de computadores.

Segundo o palestrante, é ilusão achar que a tv aberta no Brasil é de graça. Para ele, a gente paga pra assistir, por exemplo, ao jornal nacional. Pagamos com o nosso tempo. Ou seja, em troca das informações “dadas” pela Fátima Bernardes e William Bonner, pagamos, pelo menos, 2,5 minutos da nossa vida, que é o tempo médio do intervalo comercial do programa.

Outro ponto mencionado foi a crescente segmentação da produção de conteúdo, a cada dia mais presente em nossas vidas, como consumidores modernos. Citou os sites de relacionamento e a influência determinante das comunidades formadas por consumidores a respeito de uma determinada marca ou serviço.

Palestra 2

Stalimir Vieira – Associação Brasileira de Agências de Publicidade.
Tema: Criação: quem tem foco não tem medo.

Stalimir falou da necessidade dos redatores terem uma formação humanística, baseada na antropologia, sociologia, psicologia, marketing, e, por fim, na publicidade. Na necessidade que temos de conhecer as pessoas antes de tentarmos convencê-las, já que este é o nosso papel.

A geração internet recebe a informação pasteurizada, mastigada demais.

É preciso ir atrás dela nas ruas, na vida. Redatores são repórteres da vida.

Ele citou uma frase dita por Washington Olivetto no Congresso Brasileiro de Publicidade, realizado há poucos dias: “Precisamos evoluir para os anos 80”.

Pretender com isso falar da crise de criatividade na propaganda brasileira, ocasionada principalmente pelas mesmas ofertas de fontes e referências para os criativos, onde os livros de referências são os anuários de propaganda, e não mais Kafka ou Machado de Assis.

Palestra 3

Klaus Rabello - Diretor da 2tagnet
Tema: Humanitarian Lion.

O palestrante falou de que forma o amor pode influenciar no trabalho do comunicador, em específico, dos redatores. Amor no sentido de doação, entrega e atitudes comprometidas com ideais de conservação do planeta e causas que precisam de um trabalho profissional em prol de projetos que ajudem os grupos mais necessitados.

Como exemplo, citou o projeto “Humanitarian Lion”, um projeto concebido por publicitários paulistas e que consiste na criação de uma nova categoria para o Festival de Cannes: a categoria humanitária. A intenção é levar a idéia aos grandes dirigentes de agências no mundo todo.

É um pré-requisito para participar do festival. Cada agência só poderá inscrever uma idéia, que deverá ser um projeto não-publicitário que vise solucionar um problema no mundo determinado pelo festival, ONGs e empresas patrocinadoras. Pode ser um invento, um novo sistema de doação, um longa-metragem, etc.

Durante o festival, será votada a melhor idéia humanitária. E depois, todos os clientes patrocinadores investirão nessa idéia para fazê-la acontecer. O Leão Humanitário será o prêmio mais valioso do certame. Valerá 13 pontos, mais do que um GP de Titânio.

Como pude perceber, o projeto é uma tentativa de usar algumas das “mentes mais criativas do mundo”, como os autores dizem, para fazer algo efetivamente de bom para o mundo, procurando deixar nossa consciência mais leve na hora de dormir. Afinal, como disse um dia Marcelo Serpa, “Nosso trabalho é vender sonhos a um país que precisa acordar.”

Mais informações sobre o projeto: www.humanitarianlion.com

Um comentário:

Anônimo disse...

inveja, inveja, inveja.

arf... passou.

com certeza, foi dugaraleo.