Criada a cooperativa dos publicitários de Belém
Na reunião realizada no último sábado (18), no Parque da Residência, publicitários e jornalistas lançaram a “pedra fundamental” para criação da primeira cooperativa de publicitários de Belém.
Segundo o idealizador do projeto, o jornalista e publicitário Flávio Oliveira, o público presente atendeu às expectativas. “Não esperamos o comparecimento de mais de sessenta pessoas, como deu a entender os debates no site OB”, afirma Oliveira.
Para o publicitário, o não comparecimento de pessoas que sequer justificaram a ausência, serviu de crivo para saber quem realmente estava interessado.
Flávio diz ainda que soube do apelo de muitos patrões para que publicitários não fizessem parte da nova organização. Na opinião de Flávio, esse tipo de pressão é boa, pois revela a certeza dos donos de agências que a cooperativa nasce com infinitas possibilidades de dar certo.
Uma novidade é que integrarão o quadro de profissionais da cooperativa os sócios da mais nova agência de Belém, a Six On Mídia.
Para os próximos dias a Cooperativa, que, por enquanto está sendo chamada de Cooperfreela, promete ‘sacudir’ o mercado de Belém com uma estratégia de captação de clientes inovadora e jamais vista em nossa cidade.
Ainda segundo o líder orientador da organização, a cooperativa não fará distinção entre clientes grandes e pequenos no disputado mercado publicitário da capital.
Com relação ao polêmico questionamento se a nova organização de profissionais de comunicação cumprirá a tabela imposta pelo sindicato das agências, Oliveira é taxativo:
“Os valores são absurdos e só se justificam pelo fato de empresários visarem a mais-valia dos empregados. A prática não se aplica a uma agência de freelas, organizada nos moldes do cooperativismo”.
10 comentários:
Flávio, me manda outro e mail aquele não consegui abrir.
E.
Flavio por motivos de doença não deu pra mim nesta reunião, você vai fazer outras?
Thyago Maia
Quem são os s´cios da six on?
"E" já estou enviando novamente o e-mail. Desculpe-me pela demora. É que hoje fui ao médico.
Thyago Maia, faremos reuniões semanais. Para ficar informado sobre data, local e horário, consulte sempre o blog: diariodebelem.blogspot.com
Ao colega anônimo, não tenho a liberdade de publicar a identidade do pessoal da Six On Mídia.
É isso aí. Um grande abraço.
Rio acima
contra a correnteza
e a alma cheia de esperança.
Acho super válido essa iniciativa, e torço pra que ela se torne um sucesso. Porém, discordo com o Flávio quando ele afirma que: "Os valores (tabela da Sindapa) são absurdos e só se justificam pelo fato de empresários visarem a mais-valia dos empregados."
Conheço a tabela do Sindapa, e não vejo nada de absurdo nela. Irreal é acreditar que se pode valorizar a profissão, cobrando cada vez mais barato por ela.
Nós publicitários, temos um problema sério de auto-estima, e não percebemos o valor real de nosso trabalho. Reclamamos que os clientes não dão o devido valor ao trabalho que realizamos, mas nós mesmos não o fazemos.
Uma boa campanha, uma boa ação, requer tempo, esforço, dedicação, compromisso e também dinheiro. Como tudo isso pode custar pouco?
Médicos não cobram barato por intervenções complicadas, pelo menos não os bons médicos. Advogados não cobram pouco por casos complicados. Então por que nós publicitários temos que nos contentar com migalhas?
Estou cansado de ouvir cliente dizendo que não tem dinheiro pra "gastar" com propaganda.
Não sou eu que estou errado ao pedir o que peço, é o cliente que não é capaz de entender que aquilo é um investimento, não um custo. Que se a propaganda for bem feita, vai gerar resultado, e ele vai ganhar dinheiro.
Agora, se você não acreditar que para cada real que ele investir em publicidade, ele vai ter retorno, sempre vai achar que esta cobrando caro demais. Então é melhor mudar de ramo.
Em relação à "mais-valia dos empregados", desculpa, mas eu tenho que ser sincero, esse tipo de pensamento tinha que ficar no século passado. Essa história de disputas de classes, não vai ajudar em nada nos negócios.
Muitos falam dos "donos de agências", como se eles fossem os grandes vilões, como se tudo isso fosse uma disputa entre o bem e o mal.
Poucos lembram que essas "entidades do mal" são os caras que pagam o salário de todo mundo da agência.
São os caras que apesar do governo, tentam ter e manter um negócio no Brasil. Não é fácil, com toda a burocracia, todos os impostos, e também com a falta de compromisso de alguns profissionais.
Sabe, compromisso é uma palavra-chave. Muitos reclamam dos salários que recebem, de que não é dado o devido valor as suas funções, mas quantos destes têm compromisso com o que fazem? Vejo gente reclamando, que ganha mal e por isso sai sempre no horário. Será que essa pessoa merece um aumento, realmente? Ela tem algum tipo de compromisso com o que ela faz?
Quantas dessas pessoas que reclamam de seus empregos são pró-ativas? Quantas trazem soluções, em vez de problemas? Você faz tudo isso e ganha mal? Se for o caso muda de agência. Com certeza se você faz tudo isso, será recompensado em algum lugar.
Enfim, é só.
p.s.: Antes de ser crucificado, não, eu não sou dono de agência. Tenho amigos que são, tenho amigos que trabalham em, e por sorte todos eles têm compromisso com o que fazem. Sorte deles.
é isso mesmo Gabriel. Quando "profissionais" passarem a buscar resultado verdadeiro irão perceber que nem tudo é só culpa dos fantasmas donos de agência.
Caro amigo Gabriel, você sabe o que é mais-valia? Não, não sabe.
Então respondo: é a parte do teu trabalho (se é que você trabalha) que o empresário embolsa para acumular mais capital. Juntar dinheiro. Comprar carrões e ir passear na Europa.
Tudo financiado por gente que vê nos donos de agências verdadeiros coitadinhos. Gente escrava para sempre pelos empresários pilantras.
Alguém consegue viver dignamente com o salário que recebe em Belém ou qualquer outra parte do Brasil?
Quando me refiro à tabela imposta, deixo claro que uma cooperativa não visa enriquecer com a exploração do trabalho alheio.
Nossos preços podem ser menores sim, porque não visamos o luxo patrocinado pelo suor de quem não vive, mas vegeta com o que os patrões nos dão.
E isso não significa desvalorizar o trabalho dos publicitários. Muito pelo contrário. Em nossas pesquisas de mercado, cada associado à cooperativa irá ganhar no mínimo 5 vezes mais do que a "merreca" com que hoje vivem.
Buscamos apenas a dignidade. Não desejamos e nem queremos explorar nossos colegas de profissão.
p.s.: Como cooperativa, nossa intenção também é não sonegar impostos. Não cometer crimes contra a economia do País. É isso. Acabo de desnudar os seus coleguinhas "honestos e pobrezinhos". Pobre mesmo é você, Gabriel. E sofre da pior das pobrezas, a de espírito.
Flávio Oliveira
http://diariodebelem.blogspot.com
Acho que o Flávio agora disse tudo. Esse tal Gabriel trabalha mesmo? Porque se trabalhasse e ganhasse o que recebemos todo mês e sem nenhuma hora extra, o discurso seria outro. E se realmente trabalha está do lado dos patrões que sonegam impostos pagando o famoso 'por fora'. Isso é sonegação de impostos e desgraça para nossa classe. O que é mais honesto? Se unir e viver do próprio trabalho ganhando bem mais do que nas agências ou contribuir para a corrupção no Brasil?
Renato Hugo
Acho que a idéia de Flávio é muito válida. Se todos os profissionais de Comunicação tivessem a garra que ele tem, com toda certeza, os nossos salários não seriam tão mediocres e não seriamos tão desvalorisados.
Lica
Olá Flávio.
Gostei da sua iniciativa, mas como sempre, existem ainda muitas dúvidas quanto ao empenho de todos em botar pra frente ainda mais a cooperativa.
Passei também para avisar sobre a Semana Global de empreendedorismo que vai acontecer no hangar nos dias: 19, 20 e 21 de novembro. Uma boa oportunidade talvez de juntar os interessados empreendedores?
Mais informações: www.ramieventos.com.br
www.botaprafazer.com.br
Rosana Santos
P.s: Trabalho com o Thyago Maia na Talento.
Abraços.
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